terça-feira, 6 de abril de 2010

Ultimas palavras. Em 01 de setembro de 2007 ...

ÚLTIMAS PALAVRAS.

As coisas começaram por aqui , e por aqui terminarão , pelas palavras. Porem, dessa vez, elas primeiro serão ditas antes de descrevê-las no papel. Agora, será da meu jeito. A forma mais real, do mundo real. O mundo que vivo.

Hoje, mais do que nunca, preciso de companias que me ajudem a reerguer aquilo que já se desmoronou. Me reconstruam coisas novas e produtivas. A relação que idealizei, não era nada assim. Ela sempre me empurra fundo abaixo toda vez que nos falamos, todas as vezes que se mostrava pra mim. O que realmente sente e como lida com os fatos. Não pense que a situação nunca foi clara. O nosso único caminho já se mostrou há muito tempo. Pra mim estava muito claro, sem saída. Há angústia porém nesta realidade. Viver o prazer do momento e o esquecimento ao estar longe ! Isso é como desconstruir os minutos da minha vida, como sinto que vives hoje. A sua falta de nexo no que diz e as coisas que quer não me são saudáveis. As decisões que tomo hoje são tão claras quanto os meus gestos. E isso, entre a gente, se torna uma incompatibilidade, uma “NAOtonia”, a qual só se construía como afinidade enquanto as palavras, um para o outro, existiam. Sou ciente que nunca passou a ser fruto da minha ilusão desfocada por sua suposta visão sonhadora e infantil da realidade. Quando lhe disse que senti algo infantil ao viver o processo de paixão por você, esse parece ser o único tempo em que nos igualávamos. O seu mundo emocional se mostrou para mim muito superficia, num momento tão concreto de minha vida.

Andava na tentativa de desviar para um outro horizonte, os caminhos que se mostravam. Sempre na busca de encontrar espaços e atalhos, afim de construir algo melhor. Mas a escuridão da sua mente e dos seus atos sempre me cegava, quando , ao mesmo tempo, suas palavras me traziam a luz. Não há como ser racional a não se confundir com tantas informações paradoxas. Num “zigue zague” de pensamentos estou tonto, e preciso não querer mais.

Entendo todo o processo em que você vive precisando de ar, precisando curtir a si mesma. Entendo e respeito. Já pude sentir isso na pele e sei o quanto é angustiante essa falta de ar pela vida. Porem, esse não é o meu momento. Já ultrapassei ele há algum tempo.

Sinto muito por eu tentar e tentar e tentar ... Acho que certas coisas realmente nunca mudam ... ao contrario, elas sempre parecem como realmente são. Foi tudo ilusão, tentar enxergá-las com diferentes olhos. Você ainda me fará falta, mas a superação disso faz parte do processo que eu mesmo quis ver ate aonde vai. Me recupero, não tão rápido nem tão indiferente quanto você mesma. Porém, esse sou eu.

Termino por aqui esse segundo processo, através das palavras. O primeiro será verbalizado, com o intuito de mais uma vez dizer o que sinto e ouvir o que tens a me dizer. Acredito que passará bem rápido por entre seus pensamentos. Acredito que você superará bem rápido o tempo que tivemos na tentativa de construir algo. Acredito ate que você talvez nem chegue ao final desse texto. Talvez sua vontade de não se incomodar não lhe permita passar por isso. Mas, acho que assim como começamos, podemos terminar ... por aqui, pelas palavras.

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