quarta-feira, 9 de junho de 2010

Meu desejo

Fumaças entre sombras se fazem
imagem de uma lembrança tão proxima que me mexe
flutuam como nuvens
espalhando-se pelo espaço.
Há uma imagem no quarto.

O sentido é tão forte que arde
desconstroi o alicerce do ser natural.
Me vê assim atormenta,
me remexe tanto que dá náusias.
Enjôo doentio. Há tantas questões para provar
imatura instabilidade faz-me parte.
O que sente por mim ?

Não há o que se jogue, mas muito o que se perca.
Do meu lado, a vontade tremenda que se ganhe
do outro, o medo intenso do que se perca.
Que amor louco ?

É o querer amar e o medo de sofrer.
É o querer tanto que afoga
a mim , a ti.
O que me restam são palavras.
E o que seria de mim ?
As tuas, poderiam me despoluir,
me reconstruir.
Ando sedendo por elas.
Na tentativa de me explicar, orientar.
Sinto a paz ao lado
e a tormenta a distância.

Há um rumo a se guiar
uma distancia ha por vir.
a qual um dia existiu
quase nos desuniu.
Apesar de tantas diferenças
objetivos e razões são contrárias
mas a distância não.

Quando nem um dia consigo sentir
você tão longe de mim
o coração aperta, a pupila dilata...

A distância adormece, estremece
nos deixa fracos, ate esquece.
Pergunta sem resposta aparece
e se acreditar, enfraquece.

Mas também fortalece
naquilo que crê e que nunca se esquece
deixa saudade, amadurece ...
deixa de ésse !

Foi uma viagem que um dia nos afastou ...
ou nos juntou ?

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