sábado, 26 de junho de 2010

Brilhos de um sentido

Sinos e cordas ressoam
uma imagem, uma lembrança tão clara
teu rosto na minha cama me cala
a busca do que foi vivido ecoam.

Foi tão bela luz na face branda
olhos brilhavam, reflexo da manhã
Guardei tua imagem para me alimentar
nestes momentos em que o corpo pede,
como um gole d'agua
sedento incômodo,
salivo minha alma.

Graças a lembrança que me salva
se nada dela existisse em mim
secaria por dentro, amargo ruin

Foi claro, é claro!
a tua imagem como se ao meu lado
a repousar no meu colo
um abraço apertado, um cheiro molhado
É de ti esta imagem que me salva
a ponto de não me afundar em mim
quero nadar enfim, muito ainda.
Fazer amor na beira do mar
que se faça doce a água, ou em mato

Mas mesmo assim, molharei em mim
a alma, o corpo, o sexo
que sofrem sedentos por você.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Em uma noite, filosofias foram ditas

Uma distância e um papel
por agora, os unicos ingredientes
desta mais pura e rica certeza
de que tanta falta tu me faz.

Vivo, peso e sonho
Hoje, numa conversa profunda de bar,
declarei teu nome.
Dialoguei, pensei, expressei
com quem minhas palavras não tendêm a se polpar
com quem muito tenho a aprender e escutar.
Pensamentos, idéias vividas...
muitas foram ditas.
Conversa a se pensar... e quanto pesar !
A você; vontade de suspirar
tão de perto, no ouvido,
a se sentir a se cheirar
pequenas, mas tão imensas palavras
o tanto quanto venho a te amar.

Amor de Heros, de Philia e Storge,
amor de Sternberg.

Amor egoísta,
a ponto de perceber o quanto me faz o bem este sentir,
e nunca lhe cobrar o que é meu de possuir.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Um beijo, um abraço
carinho que te faço
coração apertado pela partida
os dias passam, sinal de despedida.

Uma noticia, dada relembra outra partida
que por um triz não se ruiu
um amargo, um terço de uma ferida
que remendou-se, que se uniu.

Dificil a escolha de te deixar
assim tão presente a enfrentar
historia de um passado não tão distante

Caminhar, trabalhar, averiguar
num olhar, o ser e o estar
de tão longe, a cada instante.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Meu desejo

Fumaças entre sombras se fazem
imagem de uma lembrança tão proxima que me mexe
flutuam como nuvens
espalhando-se pelo espaço.
Há uma imagem no quarto.

O sentido é tão forte que arde
desconstroi o alicerce do ser natural.
Me vê assim atormenta,
me remexe tanto que dá náusias.
Enjôo doentio. Há tantas questões para provar
imatura instabilidade faz-me parte.
O que sente por mim ?

Não há o que se jogue, mas muito o que se perca.
Do meu lado, a vontade tremenda que se ganhe
do outro, o medo intenso do que se perca.
Que amor louco ?

É o querer amar e o medo de sofrer.
É o querer tanto que afoga
a mim , a ti.
O que me restam são palavras.
E o que seria de mim ?
As tuas, poderiam me despoluir,
me reconstruir.
Ando sedendo por elas.
Na tentativa de me explicar, orientar.
Sinto a paz ao lado
e a tormenta a distância.

Há um rumo a se guiar
uma distancia ha por vir.
a qual um dia existiu
quase nos desuniu.
Apesar de tantas diferenças
objetivos e razões são contrárias
mas a distância não.

Quando nem um dia consigo sentir
você tão longe de mim
o coração aperta, a pupila dilata...

A distância adormece, estremece
nos deixa fracos, ate esquece.
Pergunta sem resposta aparece
e se acreditar, enfraquece.

Mas também fortalece
naquilo que crê e que nunca se esquece
deixa saudade, amadurece ...
deixa de ésse !

Foi uma viagem que um dia nos afastou ...
ou nos juntou ?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ância de viagem

Dificil de lhe dar
concatenar.
Dificuldades me trazem
sinapses.

Desconfiu de efeitos induzidos
acredito que multiplican-se
apesar de já desarrumada desordem

São idéias, pensamentos
de mal sentir
de ruin possuir.

Será que tanta certeza me traz a dúvida ?
Estou errando mais um vez
de não perceber talvez
ao invés de recriar.

Saudades das análises !
Poderia eu requisitar,
pelo menos aguardar
conversar, concatenar.

A minha frente como uma certeza
que nao deveria de tanto ser
nao quero distorcer
quero aproveitar, conhecer …

Filosofias de uma mente sem direção
para nao caminhar pra frente, sem orientação.
Acredito tanta nela
que ja gosto de mudar para aprender.

Vida nao se faz assim
afogando-se no auto repulsivo.
Espero ainda acreditar
no dia em que a paz pode acalmar.
E nossos corações a entenderem-se, acalmarem-se ...
A velejarem de amor,
ao invés de afogarem-se de paixão.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Mais um trago

Despertado pela velocidade de palavras,
ainda banhado em alcool e lembranças
típica preguiça matinal de onde venho
Meus ouvidos entendem poucas das palavras
A memória sim, ainda desperta enfim
com lembrança de um encontro de domingo.
Overdose e ecstase de sua presença
me alimenta.
Caminhamos pelas verdes trilhas,
árvores, cães, verde... muito verde.
desconecto... ao teu lado.
Te desperto, me despertas.
Me leva pelos teus caminhos.
Encontros, presença.
Nossa vida se apresenta
A cada olhar, um novo caminho
A cada trago, um despertar.